INTRODUÇÃO: O aumento dos casos de dengue no Brasil tem se constituído em objeto de preocupação para a sociedade e para as autoridades sanitárias devido as dificuldades para o controle das epidemias provocadas por esse vírus. Trata-se de uma das mais importantes doenças epidêmicas registradas em países em desenvolvimento, causando grande impacto econômico e social e de saúde pública. Em decorrência da descontinuidade das políticas de prevenção e controle do mosquito aedes aegypti, o Brasil é de acordo com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) responsável por 81,7% de todos os casos da doença registrados nas três Américas.
Este estudo tem como objetivo evidenciar os gastos com a prevenção e controle da dengue e enfatizar a necessidade de estudos de avaliação do impacto econômico a fim de suprir as lacunas de conhecimento existentes.
METODOLOGIA E DADOS: Os registros dos gastos foram obtidos mediante fontes secundárias do Ministério da Saúde. Análise da série histórica dos gastos no período de 2005 a 2008 revela uma expansão dos gastos entre 2005 e 2007, entretanto em 2008 observou-se uma queda no volume dos gastos retornando a tendência de crescimento em 2009. De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, ocorreu em 2003 e 2004 uma inflexão no número de notificações, apresentando uma tendência de crescimento no período de 2005 a 2008, quando foram registrados mais de 700 mil casos e mais de 45 mil internações por dengue.
RESULTADOS: Os recursos alocados para a prevenção da doença e combate ao aedes aegypti priorizaram a capacitação de recursos humanos, aquisição de inseticidas, pagamento de agentes de saúde, veículos e equipamentos e campanha publicitária, contratação de consultoria, implantação de laboratórios em todos os estados do país e material para vedação de caixas d'água. No ano de 2009 o montante de recursos transferidos pelo governo federal a estados e municípios foi de R$ 1,08 bilhão. O número de casos e hospitalizações geram absenteísmo ao trabalho que repercutem na redução da produtividade, implicam em aumento dos gastos para o sistema de saúde e previdenciário.
CONCLUSÕES: No Brasil pouco se sabe sobre o impacto econômico da doença. Os estudos sobre a dengue no escopo da economia da saúde são praticamente inexistentes. A pesquisa exploratória realizada detectou apenas dois estudos de caso em duas distintas cidades brasileiras. Os resultados apresentados revelam a necessidade premente de inclusão na agenda de pesquisa de estudos no âmbito da economia da saúde a fim de melhor compreender não só a estrutura e a dinâmica dos gastos e sua repercussão no enfrentamento da dengue, mas sobretudo, o impacto econômico da doença no Brasil.
PALAVRAS CHAVE: Dengue; Economia da Saúde; Impacto econômico; Gastos em Saúde.
O aumento dos casos de dengue no Brasil tem se constituído em objeto de preocupação para a sociedade e para as autoridades sanitárias devido as dificuldades para o controle das epidemias provocadas por esse vírus. Trata-se de uma das mais importantes doenças epidêmicas registradas em países em desenvolvimento, causando grande impacto econômico e social e de saúde pública. Em decorrência da descontinuidade das políticas de prevenção e controle do mosquito aedes aegypti, o Brasil é de acordo com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) responsável por 81,7% de todos os casos da doença registrados nas três Américas.
Este estudo tem como objetivo evidenciar os gastos com a prevenção e controle da dengue e enfatizar a necessidade de estudos de avaliação do impacto econômico a fim de suprir as lacunas de conhecimento existentes.
Os registros dos gastos foram obtidos mediante fontes secundárias do Ministério da Saúde. Análise da série histórica dos gastos no período de 2005 a 2008 revela uma expansão dos gastos entre 2005 e 2007, entretanto em 2008 observou-se uma queda no volume dos gastos retornando a tendência de crescimento em 2009. De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, ocorreu em 2003 e 2004 uma inflexão no número de notificações, apresentando uma tendência de crescimento no período de 2005 a 2008, quando foram registrados mais de 700 mil casos e mais de 45 mil internações por dengue.
Os recursos alocados para a prevenção da doença e combate ao aedes aegypti priorizaram a capacitação de recursos humanos, aquisição de inseticidas, pagamento de agentes de saúde, veículos e equipamentos e campanha publicitária, contratação de consultoria, implantação de laboratórios em todos os estados do país e material para vedação de caixas d´água. No ano de 2009 o montante de recursos transferidos pelo governo federal a estados e municípios foi de R$ 1,08 bilhão. O número de casos e hospitalizações geram absenteísmo ao trabalho que repercutem na redução da produtividade, implicam em aumento dos gastos para o sistema de saúde e previdenciário.
No Brasil pouco se sabe sobre o impacto econômico da doença. Os estudos sobre a dengue no escopo da economia da saúde são praticamente inexistentes. A pesquisa exploratória realizada detectou apenas dois estudos de caso em duas distintas cidades brasileiras. Os resultados apresentados revelam a necessidade premente de inclusão na agenda de pesquisa de estudos no âmbito da economia da saúde a fim de melhor compreender não só a estrutura e a dinâmica dos gastos e sua repercussão no enfrentamento da dengue, mas sobretudo, o impacto econômico da doença no Brasil.
INTRODUÇÃO: O aumento dos casos de dengue no Brasil tem se constituído em objeto de preocupação para a sociedade e para as autoridades sanitárias devido as dificuldades para o controle das epidemias provocadas por esse vírus. Trata-se de uma das mais importantes doenças epidêmicas registradas em países em desenvolvimento, causando grande impacto econômico e social e de saúde pública. Em decorrência da descontinuidade das políticas de prevenção e controle do mosquito aedes aegypti, o Brasil é de acordo com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas) responsável por 81,7% de todos os casos da doença registrados nas três Américas.
Este estudo tem como objetivo evidenciar os gastos com a prevenção e controle da dengue e enfatizar a necessidade de estudos de avaliação do impacto econômico a fim de suprir as lacunas de conhecimento existentes.
METODOLOGIA E DADOS: Os registros dos gastos foram obtidos mediante fontes secundárias do Ministério da Saúde. Análise da série histórica dos gastos no período de 2005 a 2008 revela uma expansão dos gastos entre 2005 e 2007, entretanto em 2008 observou-se uma queda no volume dos gastos retornando a tendência de crescimento em 2009. De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, ocorreu em 2003 e 2004 uma inflexão no número de notificações, apresentando uma tendência de crescimento no período de 2005 a 2008, quando foram registrados mais de 700 mil casos e mais de 45 mil internações por dengue.
RESULTADOS: Os recursos alocados para a prevenção da doença e combate ao aedes aegypti priorizaram a capacitação de recursos humanos, aquisição de inseticidas, pagamento de agentes de saúde, veículos e equipamentos e campanha publicitária, contratação de consultoria, implantação de laboratórios em todos os estados do país e material para vedação de caixas d'água. No ano de 2009 o montante de recursos transferidos pelo governo federal a estados e municípios foi de R$ 1,08 bilhão. O número de casos e hospitalizações geram absenteísmo ao trabalho que repercutem na redução da produtividade, implicam em aumento dos gastos para o sistema de saúde e previdenciário.
CONCLUSÕES: No Brasil pouco se sabe sobre o impacto econômico da doença. Os estudos sobre a dengue no escopo da economia da saúde são praticamente inexistentes. A pesquisa exploratória realizada detectou apenas dois estudos de caso em duas distintas cidades brasileiras. Os resultados apresentados revelam a necessidade premente de inclusão na agenda de pesquisa de estudos no âmbito da economia da saúde a fim de melhor compreender não só a estrutura e a dinâmica dos gastos e sua repercussão no enfrentamento da dengue, mas sobretudo, o impacto econômico da doença no Brasil.
PALAVRAS CHAVE: Dengue; Economia da Saúde; Impacto econômico; Gastos em Saúde.
Citación: Peçanha J, Souza de Pastrana RM, Pereira MC, Gonçalves C. . Medwave 2010 Ago-Sep;10(8):e4709 doi: 10.5867/medwave.2010.08.4709
Fecha de publicación: 1/8/2010
Origen: resumen presentado en Congreso AES 2010
Nos complace que usted tenga interés en comentar uno de nuestros artículos. Su comentario será publicado inmediatamente. No obstante, Medwave se reserva el derecho a eliminarlo posteriormente si la dirección editorial considera que su comentario es: ofensivo en algún sentido, irrelevante, trivial, contiene errores de lenguaje, contiene arengas políticas, obedece a fines comerciales, contiene datos de alguna persona en particular, o sugiere cambios en el manejo de pacientes que no hayan sido publicados previamente en alguna revista con revisión por pares.
Aún no hay comentarios en este artículo.
Para comentar debe iniciar sesión